CONPLEI app for iPhone and iPad


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Utilities News
Developer: Dzigne Sistemas e Tecnologia LTDA ME
Free
Current version: 1.0, last update: 7 years ago
First release : 10 Nov 2015
App size: 2.15 Mb

No início dos anos 90 alguns jovens indígenas sentiram o desejo de fazer ouvir sua voz frente ao governo e as questões políticas eminente no país. Ao juntarmos forças para estes debates fomos barrados por parte do governo entendendo que essas manifestações poderiam ir contra as políticas e práticas governamentais que atuavam no momento. Porém como se tratavam de indígenas, outras portas foram abertas para que de maneira mais discreta pudéssemos colocar nossas opiniões e voz.

Durante aqueles primeiros anos poucos avanços se deram por motivos mais diversos que trouxeram muito desânimo e desencorajamento por parte dos indígenas de que devíamos seguir com as idéias até então levantadas. Nessa ocasião nasceram vários movimentos indígenas entre elas a UNE (União dos Povos Indígenas) que já no seu berço não puderam colocar suas idéias em prática. Mesmo assim aqueles jovens indígenas estavam buscando outros caminhos para que pudessem ser ouvidos de uma maneira mais clara em suas propostas e desejos.


Os anos se passaram e no início dos anos noventa vimos outro movimento tomar forma, ainda bem quietinho com passos bem lentos, que seguia outro rumo com propostas da unidade dos povos indígenas, por meio de diálogos junto ao governo e as entidades evangélicas. Havia uma grande lacuna entre o entendimento de quem eram os indígenas e isso deixava uma grande distância entre eles. O desconhecimento da sociedade cristã e não cristã criavam estereótipos com a qual minavam qualquer ajuntamento por mais passivo que fosse. Com a grande perseguição que algumas agências missionárias estavam passando e as acusações de que estavam estragando a "cultura do índio" houve a necessidade, de mais uma vez a voz ativa do índio, que nesse período vários "parentes" (um nome que damos aos nosso patrícios) já sentiam a necessidade de serem mais ousados em suas palavras e comunicação e que repercutiu nos segmentos evangélicos e não evangélicos um ar de descontentamento e preocupação mais ou menos assim: O que é que agora eles vão falar?



Foi nesse momento que nasceu o CONPLEI (Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas), que já no se âmago tinha em suas propostas o diálogo aberto e sério com convicções postadas em seu preparo nas mais diversas esferas acadêmicas; o que trouxe um grande susto e apreensão no meio dos estudiosos, mídia, igrejas bem como em outras partes do seguimento da sociedade. Foi entendido que era hora de compartilhar nossa visão e sonho, de que embora diferente em seu modo de vida, tinha algo a contribuir com a sociedade. O povo evangélico conhecia apenas dois movimentos missiológicos: a estrangeira e a nacional. Mas havia outro movimento a que estamos chamando de terceira onda missionária; índios evangelizando outros índios.

O CONPLEI trouxe um novo modelo de unidade sem marketing e nem holofotes, porém, com humildade e paixão, a ver o reino de Deus crescer. Cremos que Deus levantou um novo momento no cenário missionário brasileiro que ao longo dos anos ficou apagado por conta de perseguições ou simplesmente por falta de um compromisso sério do povo de Deus em relação ao seu reino. Com um olhar mais direcionado puderam contemplar um novo seguimento de que a seara já estava branca para a colheita, ou seja, os rios, matas e igarapés apontavam um novo caminho ou uma nova navegação para esta nova colheita.

O CONPLEI almeja que a visão de alcançar as tribos do Brasil possa ser sua também. O clamor daqueles que se encontram presos pelos espíritos e longe de um relacionamento com Deus não pode ser ignorado. Certamente este é o tempo de Deus na história. O que parecia ser um fracasso Deus transformou em bênçãos. É hora de a igreja sair de seu ambiente acomodado para se envolver no trabalho de missões indígenas junto conosco. O que nos distancia não é tanto a questão cultural mas a falta de informações corretas e a falta de visão diante do clamor dos perdidos.